2007/02/15

Há mortes sem ser a fisica e por isso.. há vida para alem da morte

As amizades são coisas que me afligem porque sempre fui ensinado que ter uma boa amizade era uma coisa boa e importante, pela qual valia a pena lutar.
Quando eu vejo uma amizade em risco e acho que vale a pena mantê-la luto por ela, como acho que todos fazem.

Mas há situações em que as amizades são condicionadas por aspectos externos
A moda das amizades hoje em dia (como os namoros e outro género de relações) é acabarem por SMS. Tem muito mais pinta. Um gajo chega a casa está lá a mulher com o outro e "Querida o que se passa?" "Então? nao recebeste o meu SMS? Estamos divorciados." "Ah, fiquei sem bateria, desculpa."

Ou em relações que nao envolvam papeis assinados um "Esquece-me, nao é disto que eu preciso" ou, mais simples, um "Não te quero ver mais". Se levar pontos de exclamação e/ou maiusculas ganha muito mais força, tipo "DESAPARECE DA MINHA VIDA!" e nós imaginamos logo o telemóvel furioso a berrar connosco.

Se usarmos o E-Mail funciona muito melhor porque a pessoa, normalmente, nao anda com o computador atras para ler e, ainda por cima, tem muito menos probabilidade de ser recebido mas é bastante mais barato e, caso seja recebido, pode-se ter de volta um chorrilho de inquérito do genero "quem é ela?" "é melhor que eu?" "foi alguma coisa que eu fiz?" etc etc

Isto acontece nas relações que tem sexo fisico à mistura. O amor platónico está nas amizades normais.

No meio disto tudo é como nos filmes, há intriga, suspense, amor, acção, drama. Alguem que é despachado e alguem que despacha!

Quando uma pessoa deixa de falar com outro há sempre muito que se perde. Um milhão de experiências vividas em comum, de sorrisos, de confidências, de "private jokes" de sorrisos cumplices e, para isto tudo não é, nem de perto nem de longe, haver troca de fluidos.

É sempre aquela dor no peito. Não adianta, no fim de um namoro, caso, etc etc dizer que "vamos ficar amigos" porque há sempre uma pessoa que tomou a iniciativa e outra que teve que a aceitar. O comum acordo tem mais ou menos a mesma probabilidade de acontecer que o euromilhos sair em ao dono do bar de S. João da Caparica.

Posto isto, no fim de tudo, no fim dos despojos da guerra, de todo o desgaste, discussão, sacrificio fica sempre um "carinho".

No fim disto, saber que um amigo/a saber que está a passar as passas do Algarve ainda se faz das tripas coração para o "levantar" mesmo no fim de uma guerra.

Há um problema se a pessoa que se está a afundar não reconhece a ajuda e nos manda passear. Nestes casos, pelos menus eu, vou sempre embora me doa. Eu tenho este espirito sofredor de MTCalcutá. De me sacrificar por outra pessoa quando ela precisa e tento estar mais persente, sempre. Tento nunca deixar alguem a nadar sózinho. Mas, não me pisem os calos.

Fiquei contente por ter ouvido, faz uns dias que "ainda um dia gostava de voltar a falar com ele" e voltar a ter um grupo de amigos com todas as fatias que lá pertencem. Um cheesecake lindo, inteiro. Ainda vou pensar se vale a pena o risco de fazer de madre teressa de calcutá. Ainda vou apalpar muito bem o terreno. Mas transbordei de alegria. Gostava mesmo.

2007/02/14

O regresso à Carris

Levantei-me um pouco mais tarde que a hora do costume. Deixei o tm a carregar a noite toda para, durante o dia de hoje, ter bateria para o tratamento extra que iria levar. Saí de casa com menos uma coisa que o habitual - 1 chave de carro - e com mais uma coisa que o habitual - 1 bilhete sete colinas. Meti os phones, liguei o telemóvel para a tsf e lá vou eu para a paragem de autocarro ao pé de casa

Embora o metro seja próximo (mas o quádruplo da distancia da paragem da Carris)... Praí 30 e 120metros respectivamente :)

Quando cheguei, o tempo de espera era de 22 minutos o que, quase que dava, para ir a pé até ao emprego. Uma vez fiz isso, por volta das dez da noite e demorei 40minutos.

Olhei para a fila, pequena por sinal, algumas 10 pessoas que os 2 autocarros que passaram encarregaram de diminuir. O tempo de espera diminuiu para 18 minutos e, como conheço razoavelmente bem a cidade (principalmente a zona das avenidas novas que é mais ou menos aquilo que vai da calçada de Carriche até ao rossio e de Monsanto à expo) vi o meu autocarro a vir.

A partir daqui veio a revolução

O cartão agora passa-se em frente a umas maquinetas em vez do típico "obliterador" que tinha uma campainha e cortava o canto do bilhete. E que fazia as pessoas empancarem a entrada já que tinha dobrado os bilhetes e depois o bilhete não entrava e chateavam-se e mais 1001 coisas

Vi que o lugar de co-piloto tinha sido substituído por um sitio para volumes. Ao passar a vista pelo resto dos passageiros e autocarro reparei que - não havia miúdas jeitosas; - ia muita gente de phones; - os bancos tem muito mais pinta do que no meu tempo; - o autocarro é um sitio bem mais "limpo" (pelo menos este)

Sentei-me no meu lugar favorito que é aquele que tem mais espaço por ter os bancos virados de frente um para o outro. Senti tanto a falta do cinto de segurança. Fica aqui a sugestão - quero cinto de segurança no meu banco da Carris porque assim estranho menos... Alem do mais, este meu lugar favorito é para pessoas "com deficiencia, grávidas e acompanhantes de crianças de colo". No meu tempo eram os 2 de trás mas, até faz sentido, ao menos tem espaço para se ir ali com a perna engessada ou coisa assim. Isto está de tal forma evoluído que até têm um butanito próprio para avisar o "stop" junto ao banco de modo a so terem de se levantar quando é necessário. Não sei se deva levar a coisa de uma forma pessoal tipo "aquele passageiro que andou aqui 8 anos e se costumava sentar naquele lugar tinha um aspecto estranho.. Vamos fazer-lhe um miminho e reservar o lugar para ele".

Para verem a minha falta de hábito em andar de autocarro, quando passei ao pé do estádio do Sporting inclinei o meu delicado corpo para me prevenir contra uma curva a 90º à direita que.. não aconteceu... Porque os autocarros vao em frente - é proibido seguir em frente a não ser BUS

A tsf deu lugar à guerra dos sexos na RFM, que deu lugar àquela imagem do dia por um tipo que tem pinta de poeta na tsf

Entretanto reparei numa saída de emergência no telhado do autocarro (?!!?) o que levou a questionar a estabilidade do bicho e a possibilidade de a maior parte dos nossos portugueses chegarem (se o autocarro estiver na posição normal) e até caberem lá!

Cheguei ao meu destino e aguardaram-me 5 minutos a pé (do metro são 15m). Ou seja autocarro é 2min;espera;20min;5min, de metro é 5min;espera;10m;15m (casa->paragem ; espera pelo transporte ; percurso ; andar a pé).

Entretanto, depois de sair do autocarro ouvi o resto das notícias e o advogado da Fátima Felgueiras está muito contente com a justiça portuguesa porque nunca lhe faltou. Afinal a Fátima só é acusada de 23 crimes e, pelos vistos, está inocente em todos. O Sr. advogado pensa que os investigadores andam a curtir abrir processos e investigar e só trabalham para aquecer ou então a justiça dele é igual a esta.

Resumo: Demorei 35m de casa ao emprego sem problema de estacionar e com chofer particular e tudo!