2006/11/12

Eu e as arbitragens

Cheguei à razão pela qual eu não gosto de ser arbitro. Eu não gosto de ser árbitro precisamente porque não gosto que os outros sintam o que eu senti ontem.

O que eu senti ontem tem a ver com a definição de "stroke" (não, não é ataque de coração) em squash que, pelo que eu aprendi de forma empirica é qualquer coisa como o jogador que vai jogar a bola, embora conseguindo, não a joga porque o adversário está entre a bola e as arestas do campo.

Para mim esta definição faz sentido porque, caso o jogador jogue a bola, pode por em causa a integridade fisica do adversário e, o squash, joga-se para a parede da frente. A parte do "triangulo entre a bola e as arestas do campo" quer dizer que, embora o squash tambem se possa jogar com qualquer outra parede (desde que a bola bata na parede da frente entre a raquetada e o chão) tambem me parece acertada porque, se não fosse assim, a coisa transformava-se em "tiro ao adversário".

Esta é a minha, aprendida de forma empirica, e como jogador bastante amador que sou.

A do árbitro era diferente. Nem sequer a ponho em causa visto sabe mais daquilo que eu a milhas de distancia. O piqueno tem mais kilometros daquilo que eu alguma vez terei.

Claro que é ele que tem razão. Nem sequer ponho isso em causa. Mas fui eu que me senti mal. E a jogada em causa nem sequer apresentava duvidas porque, qualquer que fosse o lado para onde a bola seria lançada eu nao ia chegar lá de qualquer das maneiras (ou seja, o adversário ganharia o ponto na mesma). É só pelo sentimento de "injustiça" que eu senti. Só porque a razão dele não é igual à minha razão.

É por isto que eu não quero ser árbitro de nada. Porque não consigo aplicar a "lei" tal como é universalmente conhecida e só tenho conhecimento de uma parte. Sem certezas não o faço!

Sem comentários: