As amizades são coisas que me afligem porque sempre fui ensinado que ter uma boa amizade era uma coisa boa e importante, pela qual valia a pena lutar.
Quando eu vejo uma amizade em risco e acho que vale a pena mantê-la luto por ela, como acho que todos fazem.
Quando eu vejo uma amizade em risco e acho que vale a pena mantê-la luto por ela, como acho que todos fazem.
Mas há situações em que as amizades são condicionadas por aspectos externos
A moda das amizades hoje em dia (como os namoros e outro género de relações) é acabarem por SMS. Tem muito mais pinta. Um gajo chega a casa está lá a mulher com o outro e "Querida o que se passa?" "Então? nao recebeste o meu SMS? Estamos divorciados." "Ah, fiquei sem bateria, desculpa."
Ou em relações que nao envolvam papeis assinados um "Esquece-me, nao é disto que eu preciso" ou, mais simples, um "Não te quero ver mais". Se levar pontos de exclamação e/ou maiusculas ganha muito mais força, tipo "DESAPARECE DA MINHA VIDA!" e nós imaginamos logo o telemóvel furioso a berrar connosco.
Se usarmos o E-Mail funciona muito melhor porque a pessoa, normalmente, nao anda com o computador atras para ler e, ainda por cima, tem muito menos probabilidade de ser recebido mas é bastante mais barato e, caso seja recebido, pode-se ter de volta um chorrilho de inquérito do genero "quem é ela?" "é melhor que eu?" "foi alguma coisa que eu fiz?" etc etc
Isto acontece nas relações que tem sexo fisico à mistura. O amor platónico está nas amizades normais.
No meio disto tudo é como nos filmes, há intriga, suspense, amor, acção, drama. Alguem que é despachado e alguem que despacha!
Quando uma pessoa deixa de falar com outro há sempre muito que se perde. Um milhão de experiências vividas em comum, de sorrisos, de confidências, de "private jokes" de sorrisos cumplices e, para isto tudo não é, nem de perto nem de longe, haver troca de fluidos.
É sempre aquela dor no peito. Não adianta, no fim de um namoro, caso, etc etc dizer que "vamos ficar amigos" porque há sempre uma pessoa que tomou a iniciativa e outra que teve que a aceitar. O comum acordo tem mais ou menos a mesma probabilidade de acontecer que o euromilhos sair em ao dono do bar de S. João da Caparica.
Posto isto, no fim de tudo, no fim dos despojos da guerra, de todo o desgaste, discussão, sacrificio fica sempre um "carinho".
No fim disto, saber que um amigo/a saber que está a passar as passas do Algarve ainda se faz das tripas coração para o "levantar" mesmo no fim de uma guerra.
Há um problema se a pessoa que se está a afundar não reconhece a ajuda e nos manda passear. Nestes casos, pelos menus eu, vou sempre embora me doa. Eu tenho este espirito sofredor de MTCalcutá. De me sacrificar por outra pessoa quando ela precisa e tento estar mais persente, sempre. Tento nunca deixar alguem a nadar sózinho. Mas, não me pisem os calos.
Fiquei contente por ter ouvido, faz uns dias que "ainda um dia gostava de voltar a falar com ele" e voltar a ter um grupo de amigos com todas as fatias que lá pertencem. Um cheesecake lindo, inteiro. Ainda vou pensar se vale a pena o risco de fazer de madre teressa de calcutá. Ainda vou apalpar muito bem o terreno. Mas transbordei de alegria. Gostava mesmo.
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