Olhei para a lua! Tinha uns reflexos estranhos a volta, um género de foco a incidir sobre vinil. Mas que deixava rasto. Umas linhas concêntricas mas que não chegavam a fazer o circulo inteiro. Lembram-se o Automan? Aquele tipo azul que tinha um carro que dava as curvas a 90º? eram um género de 5 ou 6 "cursors" (o amigo eléctrico do Automan) que andavam a volta da lua!
Um amigo meu, o D, estava a atirar com a bola à janela de um amigo que mora aqui dois prédios ao lado do meu (coisa óptima para se fazer quando a lua já vai alta...)
Viciado em fotografia, fui buscar o maquinão e, como é um sonho. tinha uma lente daquelas brancas Canon (daquelas de 2500€).
Voltei e o D com mais um chuto para a varanda do primeiro andar disse " a minha amiga (um nome qualquer) também já tirou"
Perguntei-lhe se a campainha não seria um melhor método e entreguei-me às fotos.
Tirei uma foto!
Mas foi só uma. Depois a lua desceu tão depressa como se tivesse sido puxada por alguém (tipo o gajo do dedo do anuncio da optimus que puxa o metro para trás)
Tirei o olho da máquina
Quando olhei a volta um carro estacionou mesmo a minha porta e eu pensei "mas o estacionamento não vem até a minha porta!"
O carro era velho. Saem de lá uns sanchos que me disseram que eu, como administrador do condomínio, tinha escrito não sei o que (e que, pelos vistos, eles nao acharam muita piada). Disse que eram malucos! Já não sou administrador faz 4 anos e muito menos escrever o que quer que seja (como se pode compreender pela qualidade deste texto ninguém me pediria para escrever o que quer que seja. Só mesmo porque não ia ser bem sucedido).
A menina (sancha, balofa e não muito bonita) que veio com o sancho-mor tentou agredir-me mas consegui arrefecer-lhe os ânimos com um aperto de mão.. digamos.. "aconchegado".
Eles desapareceram...
Os carros ficaram velhos... os prédios novos...tentei perceber em que ano estava.
Acho que me chamaram maluco muita vez.
Tentei lembrar-me de tudo de 2006. De tudo de mau que aconteceria para tentar prevenir quem conseguisse fazer algo. Também dos números do euromilhões e do totoloto. Infelizmente não anoto nada disso... portanto pensei em tornar-me um género de professor bambo para os vários (já que é o que sai nas noticias)
Entretanto foi a procura do montanhas. Encontrei-o mais ou menos no sitio onde o encontro hoje. No meio de umas garinas a trabalhar. E o gajo não me conhece.
Convido-o para almoçar e ele aceita. Explico-lhe o sucedido mas não me lembro da reacção. Ele também não é muito de ter reacções e isso deve de querer dizer que não disparei o seu sensível “tangómetro”.
No fundo eu era o puto do exterminador implacável (mas não.. o montanhas definitivamente não era a minha mãe!).
Entretanto. Vou de carro na 2a circular deixo passar uma ambulância, desço para o campo grande, vejo um helicóptero a levantar ali junto à paragem das Universidades.
Vou dar a um sitio tipo aquele larguinho que há ao lado da Basílica da Estrela, aquele dos eléctricos e vejo-me ao pé do ... do... JULIO ISIDRO?!?!? nem mais.. esse vil penetrador de sonhos..
Tenho ideia de ser 1985. Mas ele reconheceu facilmente as notas de euro que eu tinha que eram de... 1985. Vá lá. Não me chamou tangas e observou que as notas, para serem de 1985 já estavam extremamente velhas.
Ouvi umas pessoas a falarem de uma rapariga que adivinhava o futuro e lembrei-me da amiga qq coisa do D.
Disseram-me que ela estava num bar.
Fui a procura dela e dou comigo num bar em tons de laranja, mesas baixas só de um lado, estreito e coberto com uma capa do género das que põe no festival islâmico em Mértola.
Entrei e perguntei por ela, não me lembro da resposta. Tomei uma bebida e vi uma mulher por detrás de um biombo.
Não me lembro de mais grande coisa. Devo de ter acordado.
Sem comentários:
Enviar um comentário